Localizada entre a América do Sul e a África, Tristão da Cunha é conhecida por estar isolada do resto do mundo
Com o apelido de 'a cidade mais isolada do mundo', Tristão da Cunha está localizada a 3.550 quilômetros da América do Sul e 2.800 quilômetros da África do Sul, literalmente no meio do Oceano Atlântico. Trata-se de um arquipélago ultramarino britânico, chamado de Ilha de Tristão da Cunha, onde reside o povoado de Emburgo dos Sete Mares.
Foto: Google
O nome do lugar não tem nada a ver com a tristeza do povo que reside lá, mas, sim, pelo seu descobridor, Tristão da Cunha, um navegador português que em 1506 passou pelo local durante uma viagem, dando origem ao nome do lugar.
Uma curiosidade da época é que o desbravador não conseguiu atracar sua embarcação na ilha devido aos penhascos com mais de 600 metros de altura que existem por lá.
A primeira volta ao arquipélago foi feita pela fragata francesa L'Heure du Berger em 1767. O primeiro morador permanente foi Jonathan Lambert, de Salem, Massachusetts, que chegou às ilhas em 1810. Ele declarou que as propriedades agora eram dele, e deu o nome de Ilhas do Refresco (Refreshment). Porém a sua soberania foi curta, pois morreu num acidente marítimo em 1812. Em 1815 os britânicos formalmente anexaram as ilhas.
Como chegar lá nos dias de hoje?
A primeira volta ao arquipélago foi feita pela fragata francesa L'Heure du Berger em 1767. O primeiro morador permanente foi Jonathan Lambert, de Salem, Massachusetts, que chegou às ilhas em 1810. Ele declarou que as propriedades agora eram dele, e deu o nome de Ilhas do Refresco (Refreshment). Porém a sua soberania foi curta, pois morreu num acidente marítimo em 1812. Em 1815 os britânicos formalmente anexaram as ilhas.
Como chegar lá nos dias de hoje?
Para viajar para Tristão é preciso enfrentar muita burocracia, podendo levar até um ano para conseguir uma liberação. Apenas dez viagens por ano são realizadas (isso se o tempo estiver bom). Cada barco leva apenas 12 pessoas por vez, e o preço de cada passagem é de dez mil dólares. O tempo só de ida dura uma semana. O barco não conta com opções de lazer nem de muito conforto. O passageiro pode ter, inclusive, que dividir o quarto com outras pessoas, ao contrário do que se espera pelo preço cobrado.
Chegando na ilha, você não poderá desembarcar imediatamente, porque no local não existe nenhum porto. Você precisará embarcar num barco menor para atracar na cidade, e os desafios não acabam por aí...
O que fazer na cidade mais isolada do mundo?
Por lá você não vai encontrar hotéis, restaurantes e opções de entretenimento, muito menos sinal de celular. Para se hospedar, você precisa ficar na casa de um morador local, que te cobrará 70 dólares com as refeições já inclusas. Lá só existe um canal de televisão do exército inglês; internet é via satélite, mas de péssima qualidade, sendo usada no único computador existente por na ilha.
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A luz vem através de um gerador a diesel, que pode não ser estável. A principal fonte de sustento da região é agricultura e a pesca, bem como os selos postais do local que são valiosos por serem raros. No supermercado, é preciso fazer a sua encomenda com um mês de antecedência, onde os barcos de pesca buscam os produtos da África.
O mais complicado por lá é ficar doente, pois o hospital conta com médicos e enfermeiros que têm a capacidade de cuidar somente de casos de saúde menos graves; uma emergência demorará sete dias para chegar na cidade do cabo através de barco.
Quais as vantagens de se estar em Tristão da Cunha?
Por se tratar de um local muito isolado, Tristão da Cunha é também um local muito tranquilo. Você pode fazer mergulhos em águas profundas e cristalinas do oceano, observar pássaros e pinguins e escalar o vulcão com quase 2.100 metros de altitude, que é a própria ilha. É o lugar perfeito para fugir do ritmo da cidade grande, não acha? Trânsito? Nem pensar. Nunca foi registrado um crime por lá.
Mas também não dá para ignorar que os moradores precisam conviver com um vulcão ativo no quintal de suas casas, podendo ele acordar a qualquer momento; e isso aconteceu em 1961, durante o verão. Antes de acontecer o pior, o governo britânico evacuou a ilha e abrigou os moradores em Londres, em uma vida totalmente oposta da que eles estavam acostumados. Em 1963, a fúria do vulcão já havia acabado e a grande maioria da população de Tristão da Cunha resolveu voltar para as suas vidas pacatas na ilha.
É paz que eu busco! Como faço para me mudar para lá?
Não existem propriedades particulares na ilha. Cada morador recebe um pedaço de terra para plantar e outro para morar, sendo passadas de geração para geração, garantindo que nenhum novo morador possa se instalar por lá. Não tem jeito de se mudar para Tristão da Cunha. Os passeios são caros para manter a tranquilidade e o isolamento do local. É compreensível.
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