No Brasil não estamos acostumados a dar gorjetas, pois, na maioria das vezes, elas já estão inclusas no valor final da conta, principalmente em restaurantes. Contudo, em alguns países, é uma questão cultural, podendo ser ofensivo caso seja esquecida ou mesmo negada. Nos Estados Unidos, por exemplo, a gorjeta é praticamente o salário do garçom; e não a dar, pode significar que você odiou o serviço prestado.
Veja como funciona o sistema de gorjetas em alguns lugares
do mundo:
Nos Estados Unidos, a
gorjeta é fundamental, pois é praticamente a renda do trabalhador. Não existe
uma obrigação legal, mas sim moral de se dar gorjeta por lá. Também não existe
um valor fixo, mas, normalmente, para não parecer rude, os americanos costumam
dar 15% ou mais de gorjeta ao garçom. Claro que isso falando após você gastar uma
quantia considerável em uma refeição completa e não apenas em um cafezinho, por
exemplo.
Se você sair sem dar gorjeta ou dar “muito pouco”,
culturalmente eles irão achar que o serviço por eles prestado foi péssimo.
Provavelmente você acabará com a autoestima de alguém.
No Canadá não é muito diferente.
Nos restaurantes, entre 10% e 25% do valor total – a porcentagem é proporcional
à qualidade do serviço. Táxis, de 10% a 20% e, em hotéis, de US$ 2 a US$ 5 por
mala carregada.
Já no Egito, a gorjeta também não
é obrigatória, mas é esperada por garçons e funcionários de hotéis. Em
restaurantes, 10% é suficiente. Para carregadores, o padrão é 3 a 5 EGP por
mala e 5 a 10 EGP por noite para funcionários da limpeza.
Em Israel, taxistas não esperam
receber gorjetas. Já garçons e bartenders devem receber entre 10 e 15% do
total, de acordo com o atendimento. Não é comum que o serviço seja incluso na
conta, mas em locais mais turísticos isso pode acontecer e o viajante não ser
avisado.
A mesma situação pode acontecer na África do Sul,
por isso sempre confirme se a taxa de serviço não está incluída na fatura. Caso
não esteja, a gorjeta é obrigatória e o percentual padrão é de 10% a 15% do
total. Essa regra também vale para guias de safári. Já taxistas esperam 10% de
gorjeta e, nos hotéis, um U$ 1 para cada mala carregada e por dia de limpeza.
Na Argentina, ao contrário da
maioria da América do Sul, o serviço não está incluso no preço final dos
restaurantes. Por isso, clientes devem oferecer 10% separadamente ao garçom.
O México também é um país em que
gorjetas são importantes. Em restaurantes, é recomendado deixar de 10% a 15% do
valor total da conta, de preferência em dinheiro.
Na Austrália e Nova Zelândia,
gorjetas não são esperadas. Elas são opcionais, de acordo com o que o cliente
achou do serviço. Você pode dar 10% para o garçom, caso o atendimento tiver
sido ótimo. Em hotéis australianos, AU$ 1 por mala carregada é suficiente.
Na Escandinávia, a
cultura de gorjetas é quase inexistente. Isso porque funcionários de
restaurantes, taxistas e do setor hoteleiro já ganham bons salários e não
esperam gratificações. Nos restaurantes, ou o serviço já está incluso nos preços
ou não é necessário.
Japão, China, Coreia do Sul e Singapura
também são países onde dar gorjetas não é prática comum. Na verdade, alguns
japoneses podem considerar o ato ofensivo. Na China, gorjetas não chegam
a ser vistas como ofensa, mas não é raro que sejam recusadas. Na Coreia do Sul,
a exceção são os guias de turismo e motoristas particulares, que esperam
receber US$ 20 e US$ 10 por pessoa, respectivamente. Em Singapura, gorjetas são
desincentivadas nos hotéis. Já nos restaurantes, dar os 10% é padrão.
Na dúvida, em locais que esperam gorjetas, dê entre 10 e
15%. Se não tiver certeza se é certo dar essa gratificação, se informe antes
vendo curiosidades à respeito do país que pretende viajar em vídeos no YouTube.
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