Óleo no Nordeste: Polícia Federal suspeita de navio Grego

Da Redação
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A PF deflagrou na manhã de hoje (01/11) a Operação Mácula, que dá continuidade às investigações que buscam entender de onde se originaram as manchas de óleo que estão afetando as praias nordestinas desde setembro deste ano. 

De acordo com as investigações até o momento, as machas são provenientes de um navio  grego chamado Bouboulina que passou pelas águas próximas à costa brasileira no fim do mês de julho.

O navio grego está vinculado, inicialmente, à empresa de mesma nacionalidade e que atracou na Venezuela no dia 15 de julho e saiu dia 18 do mesmo mês carregado com 1 milhão de barris de óleo cru, com destino à Singapura, pelo Oceano Atlântico, aportando na África do Sul.

O derramento aconteceu, segundo as autoridades brasileiras, no dia 28 de julho, quando a embarcação grega passou a 734 quilômetros da costa brasileira. As primeiras manchas de óleo foram avistadas no litoral da Paraíba no dia 30.

Mapa mostra trajeto do navio suspeito de derramamento de óleo em águas brasileiras. Arte: Foca na Folga. Foto: Google Maps

+Veja também: Manchas de óleo chegam ao Sudeste do Brasil

Os procuradores da República Cibele Benevides e Victor Mariz destacam que “há fortes indícios de que a empresa, o comandante e tripulação do navio deixaram de comunicar às autoridades competentes acerca do vazamento/lançamento de petróleo cru no Oceano Atlântico.”


A Marinha do Brasil também acaba de reforçar as suspeitas sobre o navio grego:

“O óleo coletado nas praias do litoral nordestino foi submetido a várias análises em laboratórios que comprovaram ser originário de campos petrolíferos da Venezuela. (…) Dos 30 navios suspeitos, um navio-tanque de bandeira Grega encontrava-se navegando na área de surgimento da mancha, transportando óleo cru proveniente do terminal de carregamento de petróleo “SAN JOSÉ”, na Venezuela, com destino à África do Sul.”

O navio Bouboulina e empresa dona da embarcação foram citadas na decisão judicial que fez busca e apreensão nos escritórios pertencentes a eles no Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, 2,5 mil toneladas de óleo foram derramadas no oceano.