É a primeira vez que o fenômeno natural é visto no local pelos cientistas
Neve com bioluminescência no Ártico. Foto: Alexander Semenov |
Com informações do G1
Biólogos da estação científica do Mar Branco, que pertence à Universidade Estatal de Moscou, no Ártico, encontraram uma espécie de 'neve brilhante' durante um passeio com cães aos redores da estação.
De acordo com os relatos em suas redes sociais, quanto mais neve eles juntavam, mais brilhante ficava; e onde os cães passavam, seus rastros também ficavam da cor azul luminescente.
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Um dos cientistas decidiu então levar uma amostra da neve para realizar uma pesquisa e descobriu que ela é composta por vários pequenos crustáceos bioluminescentes com alguns milímetros de comprimento, chamados copépodes. Trata-se de uma espécie especial de Metridia longa que é comumente encontrada no Ártico e nas águas circundantes, bem como no Atlântico Norte e no Pacífico.
Pontos de luz na neve encontrada no Ártico. Foto: Alexander Semenov |
Eles estão geralmente presentes mais distantes da costa, vivendo em profundidades de até 90 metros durante o dia e subindo vários metros da superfície da água à noite. Os copépodes brilham devido a uma substância chamada luciferina, que oxida, torna-se colorida e começa a brilhar quando interage com o oxigênio. Os copépodes usam esse brilho como proteção, assustando os potenciais predadores.
Neve com pontos de bioluminescência é encontrada no Ártico. Foto: Alexander Semenov |
Segundo os cientistas que encontraram esses crustáceos, em 80 anos de existência da base de estudos no Ártico, nunca ninguém tinha presenciado esse tipo fenômeno no local.
Os crustáceos encontrados na neve já estavam ligeiramente desbotados, mas vivos, diz Kosobokova. Porém, outros cientistas suspeitam que eles possam emitir brilho mesmo após a morte, e ainda que esmagados.