São ações simples que ajudam em investigações e na
integridade da equipe policial. Se preferir, assista a esse conteúdo em vídeo abaixo.
No Brasil, corporações não utilizam a técnica. Foto: Divulgação |
Se você assiste a filmes ou vídeos de abordagens realizadas por policiais nos Estados Unidos, já deve ter notado que quando a situação está calma e o motorista obedece às ordens de parada, o policial se aproxima do carro abordado e toca na lanterna traseira ou na tampa do porta-malas do veículo. Entre os motivos, três foram destacados pelo policial Steve Montiero, em entrevista ao canal News 6.
Criar evidências
Você já pode ter ouvido essa versão de que o policial toca
no porta-malas do carro após uma abordagem para produzir provas. Em casos extremos
como uma situação de tiroteio, por exemplo, se o abordado conseguir neutralizar
o policial e fugir do local, em uma futura investigação, a polícia científica
vai conseguir ligar o carro suspeito ao crime por conta das digitais deixadas
pelo policial na lataria do carro.
Verificar se o porta-malas está fechado
Não se trata de uma boa ação do policial, mas sim para
garantir a sua segurança. Ao tocar na tampa do porta-malas do veículo, ele vai
estar deixando as suas impressões digitais e também verificando se o
compartimento está completamente fechado. Em uma situação hipotética, uma
pessoa armada ou alterada psicologicamente poderia sair do bagageiro e agredir
o policial.
“Pode parecer um pouco louco, mas você quer ter certeza de
que ninguém está prestes a pular do porta-malas e que está devidamente
protegido”, avalia Steve.
Tocar a lanterna traseira
Em alguns casos, o policial durante a abordagem se aproxima
e toca na lanterna do veículo. Essa ação tem como objetivo, além da primeira
mencionada que é deixar suas digitais, ganhar tempo e observar a reação do
motorista. Durante esse tempo, as pessoas no interior do carro podem tentar esconder
algum objeto ou demonstrar nervosismo, além de tentar pegar algo que esteja
escondido e que ameace a integridade do policial.
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No Brasil essa medida de tocar o veículo para criar provas
ou ganhar tempo não é utilizada oficialmente, mesmo sendo uma ação simples que
pode ajudar a resolver casos de crimes contra a segurança pública e que melhora
o trabalho dos policiais. Entretanto, até mesmo nos Estados Unidos, alguns
especialistas veem as câmeras corporais, que já são utilizadas no Brasil há
algum tempo por algumas corporações, como a substituição do toque nos veículos.
Com a gravação das imagens em alta definição, provas mais concretas são
armazenadas pelos dispositivos e possibilitam a resolução de crimes de forma
mais rápida.