O pescador encontrou o pinguim em 2011 sujo de óleo na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Surpreendentemente, Dindin retorna à casa de João regularmente, estabelecendo uma amizade única que persiste há mais de doze anos; recentemente, João foi à Patagônia, na Argentina, em busca de seu amigo de penas
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| Pescador João e seu amigo Dindin. Foto: Divulgação |
Em uma pequena casa próxima à paradisíaca praia da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, o pescador João vive uma história única e emocionante ao lado de um pinguim que ele batizou de Dindin. Tudo começou em março de 2011, quando João encontrou o pequeno pinguim caído na areia, coberto de óleo.
João, movido pela compaixão, decidiu levar o animal para casa. Após um banho cuidadoso e uma dieta à base de peixes, o pescador devolveu o pinguim ao mar. Surpreendentemente, no dia seguinte, Dindin retornou à casa de João, marcando o início de uma amizade incomum e duradoura.
Os meses se passaram, e Dindin continuou a voltar, mesmo após ser solto no mar. "Ele chegou em março de 2011. Ficou quase uns 11 meses comigo. Quando ele trocou de pena, na véspera do Carnaval, ele já estava bonitão, ele foi embora. Daí todo mundo dizia que ele não ia voltar mais não", lembra João.
Surpreendentemente, o retorno de Dindin se tornou uma tradição e aconteceu todos os anos até 2018, quando ficou alguns anos sem aparecer na praia brasileira. Em 2022, para o alívio do pescador e da comunidade que aguardava ansiosamente pelo retorno do animal, Dindin voltou à Ilha Grande e seguiu em direção à casa de João.
O pescador, que não teve filhos, descreve seu carinho pelos animais. "Eu tenho um amor muito grande por eles – igual ao que eu tenho com as crianças – do mesmo jeito que eles têm comigo. Ele me chama meu nome direitinho: ‘João’. Eu nunca vi um bicho tão inteligente, ter um entendimento daquele jeito", compartilha João, demonstrando o afeto e a surpresa pela inteligência do seu amigo.
O destino de Dindin após sair do Rio de Janeiro é incerto, mas João especula que o pinguim viaje até a Patagônia, na Argentina, onde a espécie se reproduz. Desta maneira, Dindin pode percorrer um trajeto de mais de 8 mil quilômetros anualmente.
Retribuindo a visita
No final do ano passado, João embarcou rumo à gélida Patagônia, na Argentina, com o objetivo de reencontrar seu amigo. A narrativa de sua jornada foi compartilhada nas redes sociais, contudo, parece que o paradeiro de Dindin estava além do alcance ou talvez ele não estivesse presente naquele momento específico. Não obstante, o pescador explorou a região e teve a oportunidade de conhecer os companheiros de Dindin que estavam presentes no local. Assista abaixo:
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