Parque Nacional da Chapada dos Guimarães receberá investimentos de R$ 18 milhões

Lenon Diego Gauron
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Consórcio Parques FIP em Infraestrutura foi o vencedor do leilão público e terá a concessão da Unidade pelos próximos 30 anos

Foto: Rafael Morgado, via MTur

Localizado no estado do Mato Grosso, o exuberante Parque Nacional da Chapada dos Guimarães receberá o aporte de R$ 18 milhões da iniciativa privada para investimentos turísticos que incluem as atividades de visitação voltadas a educação ambiental, a preservação e conservação do meio ambiente, o turismo ecológico, a interpretação ambiental e a recreação em contato com a natureza. O leilão aconteceu nesta sexta-feira (02.02) e teve como vencedor o consórcio Parques FIP em Infraestrutura que terá a concessão pelos próximos 30 anos.  

Presente na cerimônia, o Secretário Nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo do Ministério do Turismo, Carlos Henrique Sobral, ressaltou a importância da integração entre políticas públicas de cada órgão para a consolidação do Brasil como destino referência em Ecoturismo. “É nesse contexto de fortalecer a parceria entre os diversos setores do governo federal com foco na promoção do turismo sustentável em áreas naturais que o MTur, o MMA e o ICMBio vêm trabalhando”, afirmou o secretário. “É determinação do Ministro Celso Sabino valorizar essas unidades de conservação e potencializar a visitação turística”, concluiu.


O parque é o segundo do ano a integrar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, estruturado pelo BNDES em parceria com os Ministérios do Turismo (MTur) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o ICMBio. O primeiro do ano a ganhar uma concessão para melhorias em infraestrutura turística foi o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, que ganhou o aporte de R$61 milhões ainda no mês de janeiro.  

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi criado em 1989 e envolve os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães. A localidade protege amostras significativas dos ecossistemas locais e assegura a preservação dos recursos naturais e sítios arqueológicos existentes, proporcionando uso adequado para visitação, educação e pesquisa. É uma área natural do Cerrado brasileiro, segundo maior bioma do país e abriga grande parte das nascentes dos grandes rios brasileiros (Paraguai, Araguaia, Tocantins, Juruena-Tapajós e São Francisco).  

“O Parque compõe a reserva da Biosfera do Pantanal (UNESCO), se destaca ainda pelo interesse geológico, geográfico, paleontológico e espeleológico, além das belezas naturais como: mirantes de beleza cênica, cachoeiras, cavernas, lagos entre outros aspectos de interesse turístico, em meio ao ambiente típico do bioma cerrado”, comenta Sinara Leandra Silva Alves de Souza - Coordenadora de Apoio a Concessões e Parcerias de Ativos Naturais. 

Conforme a modelagem final do projeto, a maioria dos investimentos será destinada ao ordenamento da visitação com a implementação de controle de acesso e infraestrutura para receber os visitantes. O principal objetivo é viabilizar o desenvolvimento local de forma sustentável a partir da preservação das paisagens naturais que são a marca do Parque.  

Visitação
Segundo o ICMBio, a visitação em unidades de conservação em 2018, período pré-pandemia, já tinha estabelecido um novo patamar com mais de 12,4 milhões de visitas, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, pós-pandemia, foi registrado um aumento de mais de 80% na visitação, com quase 22 milhões de visitantes. 

O valor do investimento previsto para o Parque da Chapada dos Guimarães nos primeiros cinco anos é de R$18 milhões, com destaque para a implementação de sistemas de trilhas, reforma de edifícios existentes, implementação de transporte interno, entre outros. Além da aplicação de cerca de R$179 milhões em operação e gestão ao longo do contrato e outros benefícios, como mais de 900 empregos diretos e indiretos.

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