Desde a semana passada, a força-tarefa do governo do estado já
resgatou mais de 500 pets - principalmente cachorros e gatos, mas também alguns
animais silvestres, como aves e até guaxinins
Imagem de cavalo em cima de telhado em Canoas (RS) chamou atenção nesta semana; animal foi resgatado. Imagem: Reprodução |
O governo do Estado do Rio Grande do Sul está na linha de frente das operações de resgate de animais domésticos em meio às enchentes. Uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) tem prestado apoio logístico, estrutural e de pessoal ao Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad), uma organização não governamental que dedicou um efetivo exclusivo para o salvamento dos animais.
Desde a semana passada, a força-tarefa já resgatou mais de
500 pets - principalmente cachorros e gatos, mas também alguns animais
silvestres, como aves e até guaxinins.
O total já ultrapassa 10 mil animais encontrados com vida.
Antes de partir para Eldorado do Sul, um dos epicentros da tragédia climática
onde atua agora, a equipe já passou por São Sebastião do Caí, Canoas e Esteio –
localidades em que há acesso terrestre.
“É fundamental reconhecer o empenho de todos os agentes
envolvidos nos resgates, que formam uma rede integrada e organizada. Estas
ações são essenciais para o salvamento das vidas dos animais”, avaliou a
secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.
Com auxílio de botes, os agentes remam em busca dos animais
dados como perdidos pelos moradores. Após o resgate, os animais são
transportados em segurança para o QG de salvamentos, onde passam por uma
triagem veterinária. Os que estão em bom estado de saúde e sem tutor
identificado são direcionados para abrigos públicos ou para espaços do Grad.
Caso estejam com hipotermia ou lesões, eles são encaminhados para a clínica
veterinária mais próxima.
A assessora especial de políticas públicas para animais da
Sema, Amanda Munari, explicou que os tutores que ainda não encontraram seus
animais devem entrar em contato com a Defesa Civil do município e se deslocar
para os abrigos da cidade para identificação do pet. Em breve, a Sema publicará
uma lista completa dos abrigos que estão recebendo os animais sobreviventes.
“Pretendemos integrar o quanto antes o trabalho que envolve
a Sema com os salvamentos das forças de segurança. Criando esse canal de
comunicação entre as frentes, o processo de triagem e identificação dos animais
será mais eficaz, acelerando o retorno dos animais aos seus tutores”, explicou
Amanda.
Além de garantir o bem-estar animal, responsabilidade da
pasta, a atuação da Sema envolve a colaboração de diferentes segmentos da
comunidade, incluindo voluntários, organizações de proteção animal e órgãos do
governo. Essa colaboração fortalece os laços comunitários e promove o senso de
solidariedade e união em momentos de crise. O Estado também conta com as
parcerias do Conselho Estadual de Medicina Veterinária, Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Para os próximos dias, está prevista a chegada da
Força-Tarefa de Resgate Técnico de Animais de Mato Grosso do Sul, que reforçará
a equipe de resgate de animais vítimas das enchentes. Eles trarão doações de
alimentos, cobertores e materiais de primeiros socorros para atender animais de
pequeno e grande porte.